Poços possui um dos melhores índices em abastecimento de água no Estado

 

A ONU, Organizações das Nações Unidas, reconhece que “o direito a água potável própria e de qualidade e a instalações sanitárias é um direito do homem, indispensável para o pleno gozo do direito à vida.” O saneamento básico, especialmente o acesso à água e ao esgoto, interfere mais do que apenas na questão ambiental, mas também em saúde, educação, expansão do Turismo, valorização dos imóveis e renda do trabalhador. Calcula-se que a cada R$1 investido em saneamento básico gera a economia de R$4 em gastos com saúde. Assim, o abastecimento regular com água de qualidade e esgotamento sanitário deveria ser acessível a todos. Entretanto, um estudo do Instituto Trata Brasil mostra que 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e os investimentos neste setor ainda são pequenos no país, o que repercute na morosidade do desenvolvimento estrutural, tecnológico e na qualificação de profissionais.

Diante deste cenário, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) é uma experiência de êxito no setor. O município investe por pessoa R$ 34,52 em saneamento básico, valor próximo ao de cidades como Belo Horizonte e Campinas. Com uma rede de mais de mil quilômetros, toda a população é abastecida regularmente com água potável de índices excelentes dentro dos parâmetros definidos pela Portaria de Consolidação nº05/2017 do Ministério da Saúde. O controle dos parâmetros físico-químicos da água, o abastecimento monitorado por telemetria e os esforços operacionais diários se fazem presentes na história da autarquia tornando o município um exemplo para o Estado. Segundo dados do mesmo Instituto Trata Brasil, em 2017, Minas Gerais registrou 298 mortes em decorrência de doenças de veiculação hídrica. A transmissão dessas pode acontecer por meio do contato com a água não tratada ou esgoto. Em Poços de Caldas, a tubulação do sistema de esgoto está sendo substituída por materiais mais resistentes, mantendo a segurança e preservação do meio ambiente. Com a ETE I, a ser inaugurada em 2020, a previsão é que em conjunto com as duas estações de esgoto já existentes, 100% do esgoto seja tratado.

Apesar desse cenário favorável, de investimentos em tecnologia e capacitação dos servidores, os desafios do DMAE ainda são muitos buscando acompanhar o desenvolvimento do município, mantendo uma das tarifas mais baixas do estado.

 

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