Conhecendo o DMAE – CCO

Poços de Caldas possui grandes diferenças altimétricas, ou seja, pontos muito mais altos que outros. Além disso, há um número crescente de moradias, estabelecimentos comerciais, escolas, indústrias etc. Essas características são alguns dos desafios que o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) busca resolver diariamente com o uso de diversas soluções: um sistema telemétrico de monitoramento dos equipamentos, reservatórios, elevatórias, estações, tecnologia e servidores qualificados,  garantindo a distribuição de água em toda a cidade. Por tudo isso, a importância da Central de Controle e Operações ( CCO).

História

Anos atrás, o controle era realizado manualmente pelos manobristas. Eles conferiam os níveis, ligavam e desligavam as bombas dos reservatórios. Apesar de utilizarem boias medidoras, o processo contava muito com a experiência e a intuição do servidor. “Os carros ficavam desgastados em pouco tempo e, quando a bomba desligava por alguma falha elétrica, havia extravasamento ou desabastecimento e demorava para o manobrista chegar e religar”,  ressalta Antônio Roberto Menezes, atual diretor-presidente e ex-supervisor da Seção de Controle e Operações  (SPE-2).

Em 1985, visitando a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, (Sabesp), ele e ……Eduardo Lopes Carvalho conheceram o sistema de telemetria de abastecimento da capital paulista. Porém,  apenas no final da década de 1990, que o método foi implantado em Poços, após a Caixa Econômica Federal, via Ministério das Cidades, realizar empréstimos para que as instituições públicas de saneamento básico automatizassem o sistema. “O nosso orçamento foi aprovado e com esse dinheiro, o DMAE comprou veículo, geofones eletrônicos, correlacionadores de ruídos, macromedidores, velocimétricos, entre outros equipamentos que refletiram em um avanço significativo no controle de perdas.”- explica Menezes. 

Adquirido na década de 90, o carro 44 continua em atividade.

O financiamento também promoveu a contratação de uma empresa terceirizada que realizou as compras e instalações dos equipamentos e o treinamento de servidores para operarem o sistema de software, o Elipse. Assim, em 2000, foi inaugurada a Central de Controle e Operações,  pioneirismo que chamou a atenção e que, na época,  contava com apenas 22 pontos monitorados, tornando-se referência para instituições em todo o país.

Hoje 

O CCO trabalha 24 horas utilizando 14 profissionais sendo: 6 operadores, 5 manobristas, 2 técnicos administrativos e 1 supervisor.  A maioria do sistema é monitorada exclusivamente e diretamente pela Central, sendo 48 Reservatórios, 31 Estações Elevatória de Água Tratadas (EEAT), 04 Boosters, 01 Estação Elevatória de Água Bruta, 07 Válvulas Controladoras de Nível, 64 Macromedidores, 20 Válvulas Controladoras de Pressão e 09 pontos de monitoramento de pressão. Outros equipamentos são programados ou possuem acionamento automático próprio e acompanhados indiretamente.

Parte da equipe de profissionais que atua no CCO.

“Por meio do software supervisório e múltiplas telas , acompanhamos todo o sistema e remotamente comandamos os equipamentos. A comunicação interna do sistema é digital. Assim, os sinais de toda a cidade são recebidos aqui em tempo real.”, conta o supervisor do CCO, analista de engenharia, Luiz Renê Ballerini.

Os dados de todas as regiões da cidade são atualizados em tempo real.

Fotos: Andressa Souza/Estagiária ACS DMAE

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