III Conhecendo o DMAE – Laboratório

Um dos maiores compromissos do DMAE é oferecer água de qualidade à população, analisando diariamente a água distribuída à população. O laboratório realiza análises bacteriológicas e físico-químicas para o controle em três Estações de Tratamento de Água (ETA’s I,III e V), duas Estações de tratamento de Esgoto (ETE – III e ETE- Bortolan), dois filtros (José Alves e Santa Rosália), além da rede de distribuição, vinte e dois fontanários, Águas Minerais Poços de Caldas e mananciais de captação de água bruta.

                                         

Amostras de vários pontos são coletadas todos os dias. 

Uma série de doenças podem ser associadas à água, seja em decorrência de sua contaminação fecal humana ou de animais ou pela presença de substâncias químicas nocivas à saúde das pessoas. As doenças de veiculação hídrica podem ser causadas por bactérias, vírus, protozoários, toxinas, produtos químicos, metais pesados, entre outros.

A técnica de laboratório II, Renata Maria Eugênio Pereira, explica: “Para verificar a presença de microrganismos na água, são realizadas diariamente análises bacteriológicas. Isso é feito através de procedimentos que detectam bactérias do grupo Coliformes. Estas bactérias por si só não são causadoras de doenças, mas estão associadas a outros grupos patógenos de maior dificuldade de detecção. Em outras palavras, se há presença de Coliformes é um sinal de que pode haver microrganismos causadores de doença.” No laboratório são feitas análises de Coliformes Totais, Coliformes Termotolerantes e Contagem de Bactérias Heterotróficas.

Além disso, são realizadas análises por diversos parâmetros para determinar a concentração de componentes físicos (cor, turbidez, temperatura, etc) e químicos (metais, cloro, pH, etc). 

Os resultados de cada teste realizado pelo laboratório são reportados cuidadosamente e encaminhados para os setores responsáveis pelo tratamento de água ou manutenção da rede de distribuição, para que qualquer alteração na qualidade da água, seja corrigida rapidamente. Caso o consumidor tenha alguma dúvida ou queira requisitar uma análise da água que abastece sua casa, deve entrar em contato com o setor de laboratório para agendar uma coleta de amostra. Fatores físico-químicos e bacteriológicos serão analisados e o resultado é disponibilizado em até 10 dias. 

                                         

O laboratório realiza o controle de qualidade da água nas ETA's.

Esgoto

Se os microrganismos são indesejados na água que consumimos, no tratamento de esgoto eles são de extrema importância. O esgoto é composto por 99,9% de água e outros 0,1% são sólidos, sendo estes dissolvidos ou suspenso. Parte desses sólidos pode ser retirada fisicamente por equipamentos como grades, peneiras e caixas de areia. A outra parte é composta principalmente por matéria orgânica, que pode ser removida por processos químicos ou biológicos. De acordo com o técnico em laboratório I, André Felipe de Araújo: “Os processos biológicos envolvem a conversão de matéria orgânica, na presença (aeróbicos) ou ausência de oxigênio (anaeróbicos). No processo anaeróbico, microrganismos (bactérias e arqueias, principalmente) convertem a matéria orgânica em gás e novas células (lodo) e no processo aeróbio microrganismo convertem matéria orgânica em gás carbônico e novas células (lodo). No tratamento de esgoto este lodo é acumulado em tanques denominados reatores, onde são fornecidas as condições ideais para que os processos biológicos ocorram.” 

O lodo excedente deve ser submetido a um tratamento que consiste basicamente na remoção de água para diminuição do volume e estabilização biológica/química para disposição final adequada, que pode ser feita em aterros ou no solo, por exemplo.

“O DMAE possui duas ETE’s em funcionamento: a ETE Bortolan, que conta com reator (anaeróbico/aeróbio) e a ETE Contono, que possui reatores anaeróbicos. A ETE I – Antas, prevista para ser concluída ano que vem, é composta por reatores anaeróbios. O laboratório realiza análises semanalmente do esgoto e antes e após o tratamento nas ETE’s e do lodo produzido para controle do processo buscando atender a legislação ambiental” –afirma a Supervisora da SPE-3, Ana Maria Ferreira. 

 

Fotos: Andressa Souza e Gabriella Bacelar.

 

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