DMAE reativa Comitê de Combate às Perdas de Água

Câmara Municipal analisa projeto que tornará lei o contínuo combate às perdas

Segundo um estudo de 2020 do Instituto Trata Brasil, 38,3% da água potável e tratada é perdida pelo caminho das estações até a casa dos cidadãos – ou seja, a cada 100 litros, 38 litros não chegam ao seu destino. Isso significa mais de 7 mil piscinas olímpicas, um valor que supera os R$ 11 bilhões.
Em Poços de Caldas, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) está reativando o Comitê de Combate às Perdas de Água, já que é imensurável o impacto negativo ao meio ambiente, a economia do município, aos consumidores e ao próprio DMAE.
Além disso, encaminhou projeto ao Legislativo Municipal, em tramitação, para tornar lei o combate às perdas, evitando a sua interrupção por ocorrência de mudanças de gestão administrativa da autarquia.
A perda em Poços de Caldas já foi de 44%, hoje está em 34%,, sendo que meta é alcançar até 2022, o índice de 28%, o que fará o município ter mais um reconhecimento nacional, pois já somos destaque no país por atendermos 100% da população com água tratada e Coleta e tratamento de todo esgoto gerado.
Nessa quarta-feira, 01 de setembro, o Comitê de Combate às Perdas de Água do DMAE realizou a sua primeira reunião geral, com a apresentação do “Plano Estratégico, Tático e Operacional para o Combate às Perdas”, com a participação dos mais diversos setores da autarquia, pois o “combate às perdas é responsabilidade de todos”.
Benefícios
O combate às perdas traz inúmeros benefícios ao saneamento público:
– Ao DMAE – Redução de custos de produção e distribuição, gastando menos energia e produtos químicos, além de maior capacidade de investimento.
– Aos Consumidores – Melhoria no abastecimento e na qualidade da água.
– Ao Meio Ambiente – Menor captação de água gerando maior sustentabilidade.
– Ao Município – Aumento de receita – Maior disponibilidade de atendimento aos consumidores e as empresas e melhor qualidade de vida.
Combate
Existem duas situações de perda de água: a perda física e a aparente. A primeira (física) é o volume de água que não é consumido, pois se perdeu durante o percurso entre as estações de tratamento até os consumidores, não atendendo sua função social. Isso pode ser provocado por vazamentos, ocasionado por diversos motivos, como o desgaste das tubulações. A segunda situação de perda é a aparente: a água é consumida, porém, o volume não é contabilizado, devido principalmente a sub medição dos hidrômetros, as fraudes e ligações clandestinas. O combate se faz pela melhoria da gestão e da infraestrutura, com investimentos em ações preventivas e corretivas, além de equipamentos (novos hidrômetros e novas tubulações).