Representantes do DMAE se reúnem com moradores do Córrego Dantas

Objetivo do encontro foi esclarecer dúvidas sobre as operações da ETE-1

Nesta quarta-feira, 29, nas dependências da Estação de Tratamento de Esgoto- ETE-1 ocorreu reunião entre representantes do DMAE e um grupo de moradores da Comunidade Rural Córrego Dantas, iniciativa do vereador Lucas Arruda e que, na oportunidade esteve acompanhado pelos vereadores Kleber Silva e Douglas Dofu.
O objetivo foi esclarecer dúvidas e questionamentos sobre as operações daquela Estação de Tratamento de Esgoto e os impactos provocados ao meio ambiente, notadamente relacionados ao odor e aos gases emitidos.
O diretor do DMAE, Paulo César Silva esteve presente, além de outros servidores, como o supervisor de Controle e Operações, Paulo Fernando da Silveira, a supervisora da seção de Produção e Tratamento, Ana Maria Ferreira, o engenheiro ambiental Marcos Rocha, o técnico em Laboratório I, Luiz Felipe Costa Gouvêa, o técnico de laboratório II, André Felipe de Araújo e a analista de engenharia I, Amanda Carvalhaes.
Para o diretor do DMAE, o encontro foi muito satisfatório, pois veio demonstrar que as operações da ETE-1 são transparentes e têm a finalidade de tratar o esgoto gerado no município e que antes era desaguado in natura nos rios, atingindo e poluindo várias cidades ao entorno de Poços, minimizando ao máximo possíveis transtornos causados aos moradores do Córrego Dantas. “Viemos para esse encontro com o objetivo de mostrar e esclarecer dúvidas dos moradores em relação às operações da ETE-1, a nossa maior estação de tratamento de esgoto. Compreendemos as preocupações e as reclamações de alguns moradores, mas operamos com todas as licenças ambientais, o que assegura proteção ao meio ambiente e à saúde da população. Contudo, não vamos parar de buscar investimentos e novas tecnologias para melhorar toda a situação da ETE-1 no Córrego D’Antas e diminuir cada vez mais o impacto para os moradores do local” ressaltou o diretor.

ETE-1

A ETE 1 ocupa um espaço de aproximadamente 100 mil quadrados de área total e 9.500 metros quadrados de obra construída, onde estão instalados quatro reatores com quatro células cada, a Central de Desidratação do Lodo e o Laboratório.
A tecnologia de tratamento da ETE – 1 é UASB (sigla em inglês Upflow Anaerobic Sludge Blanket) que significa reator anaeróbico de fluxo ascendente de manta de lodo.
Essa tecnologia permite que bactérias presentes no próprio esgoto cresçam e se multipliquem dentro de um reator, utilizando como alimento a matéria orgânica do esgoto. Realizando assim o seu tratamento. A ETE 1 conta com 16 reatores UASB.
Para o funcionamento correto dos reatores, todo tipo de resíduo sólido precisa ser retirado do esgoto antes de ser encaminhado para os mesmos. Para isso, a ETE – 1 conta com um tratamento preliminar que possui grades grossas, médias e uma peneira fina, fazendo a remoção de todo lixo. Conta ainda com duas caixas desarenadoras para a remoção da areia, evitando que se decantem no fundo dos reatores. Durante o processo de digestão e tratamento os microrganismos produzem o gás metano, que é coletado e direcionado para dois queimadores do tipo flare, transformando-o em gás carbônico e água, garantindo também a qualidade do ar. Por fim, no fundo dos reatores acumula-se o lodo, que é composto da biomassa em excesso que se forma no reator. Esse lodo é encaminhado para desidratação através de dois decanters centrífugos, onde ocorre a separação do sólido e do líquido. A fase líquida retorna para o tratamento e a fase sólida é destinada para compostagem através de empresa terceirizada licenciada.
Visando minimizar os impactos à população do entorno da estação, é realizada a aplicação de peróxido de hidrogênio no efluente tratado antes de ser lançado no corpo receptor. Este produto tem a função de eliminar o odor provocado pela produção de sulfetos inerentes ao processo de tratamento anaeróbio.
A ETE -1 realiza o ciclo completo do tratamento do esgoto, onde sólidos (resíduo do preliminar e lodo desidratado) são descartados corretamente, os gases são queimados e se tornam menos ofensivos ao meio ambiente, e o líquido que é o esgoto tratado devolvido ao curso d’água.
Para controle preciso da ETE 1, existe no local também um laboratório de análises completo, preparado para realizar análises químicas, físico-químicas e microbiológicas de controle de qualidade do tratamento. Estas informações são entregues à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do estado de Minas Gerais, na forma de relatório, para assegurar o funcionamento do sistema conforme a legislação ambiental.